Oku Saka

Trump endurece contra imigrantes, mas esquece suas raizes: "a mãe era escocesa, a esposa é eslovena, o aliado, Musk, sul-africano

Há menos de uma semana no cargo, Donald Trump já deixou sua marca na política migratória ao anunciar a prisão de 538 "criminosos" e a deportação de centenas. Apesar do alarde, os números pouco diferem da era Biden, que teve uma média de 467 detenções por dia em 2023. A diferença é que o novo presidente transformou as ações em espectáculo.

Em 2024, os angolanos também sentiram o peso da política migratória: 119 cidadãos foram deportados, um aumento de 49 casos em relação ao ano anterior. Este ano poderão ser repatriados cerca de 662 cidadãos angolanos que residem ilegalmente no país. Enquanto isso, o México tenta se organizar com a criação de 12 centros de acolhimento para migrantes.

Trump, no entanto, parece ignorar que ele mesmo é fruto da imigração: sua mãe era escocesa, seus avós paternos eram alemães e sua atual esposa veio da Eslovênia. Até seu maior aliado, Elon Musk, nasceu na África do Sul. 

Estudiosos entendem que ao estigmatizar os 46 milhões de imigrantes nos EUA, dos quais a maioria trabalha, paga impostos e têm ficha limpa, Trump cria uma onda de pânico que afeta tanto pessoas quanto a economia.

Acrescentam que ao combater a imigração ilegal com discursos inflamados e medidas extremas, Trump tenta apagar o legado que tornou os EUA um país diverso e forte.

Pergunta é: será que o caminho para “tornar os Estados Unidos grandes novamente” passa por esquecer o papel dos imigrantes na construção dessa grandeza?

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