Eugênio Afonso Gaspar, conhecido como Nituecheni Africano, parece ter um dom raro: colecionar prémios que ninguém consegue encontrar e vender livros que ninguém consegue ler. Entre os títulos que ostenta, há distinções como “Melhor Autor Jovem Contemporâneo de África 2024-2025” e um suposto prémio em Paris, mas até agora, as únicas evidências concretas são os bloqueios distribuídos a quem ousa questionar.
O poeta João Tala e o escritor Lourenço Mussango foram vítimas desse enredo literário peculiar. Tala pagou para ter um livro e recebeu, em troca, um bloqueio nas redes sociais. Mussango nem chegou a pagar, mas a sua tentativa de interação já foi suficiente para ser "censurado". Parece que, além de escritor, Nituecheni também domina a arte do desaparecimento de livros, prémios e diálogos.
O escândalo tornou-se o novo best-seller das redes sociais, com internautas a questionar a idoneidade do autor.
Enquanto isso, Nituecheni jura inocência e promete levar o caso à justiça. Mas contra quem? Contra os leitores que pedem provas? Contra os escritores que ousam perguntar? Ou será que vai criar mais um prémio fictício para se premiar como o "Mais Perseguido Literário do Ano"?
#escritor #literatura #cultura #angola #escandalo #crime