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Sindicato dos jornalistas denuncia censura após gráfica recusar imprimir edição do NJ que expunha alegada corrupção

A recusa da Damer Gráfica em imprimir a edição do Novo Jornal do último sábado, 15, está a levantar sérias suspeitas sobre censura à imprensa em Angola. O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) considera a decisão um atentado à liberdade de expressão, apontando para uma possível interferência política, uma vez que a edição barrada continha uma investigação sobre alegações de corrupção no Ministério do Ambiente.

Pedro Miguel, secretário-geral do SJA, rejeita a justificação da gráfica, que alegou "problemas técnicos", considerando-a pouco credível, já que outro jornal do mesmo grupo, o Expansão, foi impresso normalmente. "Presumimos que o motivo da não impressão foi a censura de uma matéria ligada a uma ministra", afirmou Miguel, detalhando que a reportagem revelava o desvio de quase quatro milhões de dólares que deveriam ter sido canalizados para os cofres do Estado.

Diante do episódio, o sindicalista defende que o Novo Jornal e a Nova Vaga, empresa responsável pela publicação, invistam numa rotativa própria para evitar situações semelhantes. Para isso, apela ao Estado para criar incentivos que garantam a sobrevivência dos meios de comunicação privados sem dependerem de terceiros que possam travar conteúdos por pressão política.

Censura ou coincidência infeliz? O que acha deste episódio?


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