Oku Saka

Angola pode ser alvo de nova proibição de viagens pelos EUA

O governo norte-americano está a considerar impor uma nova e dura proibição de viagens que poderá afectar cidadãos de 36 países, e Angola está na lista. A iniciativa faz parte de uma proposta da administração Trump para reforçar o controlo de imigração e segurança nacional, numa ofensiva que pode reacender velhas tensões diplomáticas e acusações de discriminação racial e política.

O plano está descrito num memorando assinado pelo Secretário de Estado Marco Rubio e divulgado pelo The Washington Post. Segundo o documento, os países visados têm um prazo de 60 dias para apresentar planos concretos de acção que demonstrem melhorias na verificação de identidade e aplicação de vistos. Caso contrário, correm o risco de enfrentar sanções migratórias, desde restrições parciais até proibições completas de entrada nos Estados Unidos.

Entre os países africanos visados estão Angola, Egipto, Etiópia, Nigéria, Sudão do Sul e Zimbabué. No Caribe, Antígua e Barbuda, Dominica e Santa Lúcia também figuram na lista. A Ásia e o Pacífico também não escapam, com países como Butão, Síria, Tonga e Vanuatu igualmente sob escrutínio. O memorando exige que os governos entreguem os seus planos iniciais até às 8h da próxima quarta-feira.

A medida já está a gerar reacções negativas. Muitos analistas acusam a administração Trump de usar a política de imigração como arma de campanha, especialmente em ano eleitoral. Além disso, teme-se que estas directivas desencadeiem batalhas legais internas nos EUA, tal como aconteceu com a polémica “travel ban” de 2017, que visava países muçulmanos. 

Se a proibição avançar, o impacto será significativo, não só para viajantes angolanos e das demais nações visadas, mas também para as relações diplomáticas entre os países africanos e os Estados Unidos. 

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