Uma tragédia aérea volta a sacudir os céus da Índia. O voo AI171 da Air India despenhou-se em Ahmedabad, colidindo violentamente com uma residência universitária. O acidente causou, até ao momento, 204 mortos e 41 feridos, segundo confirmou a polícia local. Entre os passageiros estavam sete portugueses, 169 indianos, 53 britânicos e um canadiano. A única boa notícia no meio do caos: foi encontrado com vida o passageiro do lugar 11A.
Especialistas já começaram a partilhar as suas hipóteses. Luís Coimbra, ex-presidente da NAV e engenheiro aeronáutico, afirma sem rodeios: “Houve uma quebra de potência nos dois motores.” Segundo o perito, o avião “estava estável, as asas não se balancearam”, o que exclui turbulência súbita ou falha estrutural como principais causas. O foco vira-se agora para um possível colapso técnico, com ou sem falha humana.
Campbell Wilson, CEO da Air India, divulgou um vídeo nas redes sociais, dizendo que a companhia está a fazer "tudo o que é possível" neste momento, mas sublinhou que a investigação será longa. As caixas negras já começaram a ser procuradas e deverão ser chave para desvendar o que realmente aconteceu naquele fatídico voo.
A Administração Federal da Aviação dos EUA (FAA) está em contacto com as autoridades indianas e o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos também se envolveu no processo.
Trata-se do pior desastre aéreo da Índia desde 1996, quando 349 pessoas morreram na colisão entre dois aviões. Mas a dimensão do impacto urbano e humano torna esta nova tragédia ainda mais simbólica num país onde a segurança aérea continua sob escrutínio.
