Oku Saka

Deputada Maria Emília denuncia carta forjada que a afasta da bancada da UNITA

A deputada Maria Emília da Silva Inácio, eleita nas listas da UNITA em 2022, nega ter redigido a carta que formalizou o seu afastamento do grupo parlamentar do maior partido da oposição. Em conversas reservadas, a parlamentar afirma que o documento foi preparado por Florêncio Canjamba, secretário-geral adjunto para os Assuntos Constitucionais e Eleitorais do PRA-JÁ Servir Angola.


Segundo informações recolhidas pelo Club-K, Maria Emília terá sido convocada para uma reunião com a direção do PRA-JÁ, onde lhe foi apresentado um texto pronto para assinatura, sem tempo suficiente para análise. Apenas mais tarde se apercebeu de que o conteúdo da carta declarava que “já não se revia no grupo parlamentar da UNITA”, oficializando assim o pedido de desligamento.

A carta foi remetida à Presidência da Assembleia Nacional, gerando suspeitas quanto à autenticidade da decisão e à autonomia da deputada. Fontes próximas descrevem o episódio como forçado e nada consensual, revelando um ambiente de tensão dentro do movimento que integrou a Frente Patriótica Unida (FPU).

Maria Emília tem um percurso político que remonta à década de 1970, onde se destacou como dirigente da Juventude da UNITA no Huambo e como voz dos noticiários da rádio Vorgan, durante a guerrilha. Enfermeira de profissão, passou por várias instituições de saúde em Angola, incluindo a FINA e a Cligest. Em 2022, foi eleita pelo círculo nacional da UNITA, por indicação de Abel Chivukuvuku.

Atualmente, exerce o cargo de 1.ª Secretária da 8.ª Comissão da Assembleia Nacional, dedicada à Família, Infância e Ação Social. Após o episódio, manifestou vontade de continuar alinhada ao grupo parlamentar da UNITA, à semelhança de outros antigos militantes do PRA-JÁ que também se afastaram da direção do agora legalizado partido.




Enviar um comentário

Deixe a sua opinião

Postagem Anterior Próxima Postagem

Pub

Oku Saka
Oku Saka