Oku Saka

Directores-gerais em Angola chegam a ganhar 17 milhões Kz por mês: "170 vezes mais do que o salário mínimo"

O Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada (Cinvestec) divulgou, esta segunda-feira, 22 de setembro, o Relatório do Emprego em Angola 2024, que expõe fortes contrastes no mercado de trabalho nacional. 

De acordo com o estudo, os salários mais altos chegam a 17 milhões de kwanzas mensais, atribuídos a directores-gerais, o que representa 170 vezes mais do que o salário mínimo em Angola. Já os mais baixos, recebidos por motoristas, rondam os 100 mil kwanzas.

Além dos directores-gerais, também directores de áreas específicas, advogados seniores e engenheiros seniores estão entre as profissões mais bem pagas, com vencimentos que ultrapassam a fasquia dos milhões de kwanzas. Em contrapartida, trabalhadores da limpeza e da segurança auferem, em média, entre 131 mil e 140 mil kwanzas mensais, valores que os colocam entre os mais baixos da tabela.

O relatório, baseado em dados recolhidos entre 2020 e junho de 2024 através da plataforma Jobartis, sublinha ainda as dificuldades das micro e pequenas empresas em oferecer salários competitivos, apesar de serem responsáveis por uma parte significativa da criação de postos de trabalho.

Mais de 50% das empresas inquiridas manifestaram intenção de recrutar novos trabalhadores, sobretudo negócios de menor dimensão. Contudo, o estudo conclui que esse esforço será insuficiente para provocar mudanças significativas no défice de emprego, que continua a ser um dos principais desafios da economia angolana.

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