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O filme Alda e Maria, da realizadora angolana Pocas Pascoal, será exibido na sexta-feira 5, no Hotel Globo, como parte do ciclo de cinema Dipanda 50. Esta iniciativa tem como propósito revisitar 50 anos de cinema angolano, estimulando reflexões críticas sobre as dimensões políticas, culturais, históricas e filosóficas que moldaram a sétima arte no país e no continente africano.

A longa-metragem acompanha a história das irmãs Alda e Maria, de 16 e 17 anos, que, forçadas pela guerra civil, deixam Angola para viver em Lisboa. Ali, enfrentam os dilemas do crescimento, da sobrevivência e da construção da identidade feminina em território estrangeiro.

De acordo com André Gomes, fundador do projecto Cinéfilos & Literatus e promotor do ciclo, a exibição será seguida de uma conversa sobre “o cinema angolano e a diáspora”, moderada pelo actor Orlando Sérgio. O debate contará com intervenções de Miguel Hurst, actor e encenador, bem como programador cultural do Goethe-Institut Angola, e de Ngoi Salucombo, entre outras personalidades ligadas à cultura.

O ciclo Dipanda 50 é fruto de uma parceria entre a Associação Cinéfilos & Literatus e a KinoYetu. A sessão inaugural ocorreu em Abril, com a exibição de Para Lá dos Meus Passos, da cineasta angolana Kamy Lara. Após essa estreia, também houve uma conversa com a presença da realizadora, conduzida por André Gomes.

A proposta do ciclo é criar um espaço de diálogo entre cineastas, estudiosos e o público, valorizando a memória cinematográfica nacional e a sua relação com as mudanças sociais e políticas do país nos últimos 50 anos.