Angola está a intensificar esforços diplomáticos e financeiros para a construção da ponte rodoviária que ligará a província de Cabinda ao restante território do país, considerdo um dos projectos de maior simbolismo nacional.
O anúncio foi feito pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, durante a 3.ª Cimeira sobre Financiamento para o Desenvolvimento das Infra-estruturas em África, que decorre esta semana em Luanda. O evento reúne ministros, parceiros técnicos e financeiros de vários países, com o objectivo de atrair investimentos que acelerem o desenvolvimento de infra-estruturas estratégicas no continente.
De acordo com o ministro, a futura ponte para Cabinda é considerada um marco de integração territorial e económica, com impacto directo na mobilidade de pessoas e bens, no fortalecimento das trocas comerciais e na redução da dependência das vias transfronteiriças que hoje ligam o enclave ao território continental através do Congo.
“Estamos empenhados na procura de financiamento para garantir que este projecto saia do papel. Já mantivemos contactos com algumas instituições internacionais para troca de informações técnicas, mas ainda é prematuro avançar prazos concretos”, afirmou Carlos dos Santos.
A iniciativa insere-se na estratégia do Executivo de reforçar a coesão territorial e reduzir as assimetrias regionais, garantindo a integração plena de Cabinda no espaço nacional. Além da dimensão simbólica e política, a ponte é vista como uma infraestrutura de grande relevância económica, capaz de impulsionar o turismo, o comércio e o investimento privado na província.
A 3.ª Cimeira sobre Financiamento das Infra-estruturas em África, que decorre sob o lema “Parcerias para o Crescimento Sustentável”, pretende também criar um quadro de cooperação mais sólido entre os países africanos e as instituições multilaterais, reforçando o papel do continente como destino de investimento estratégico.
Com esta mobilização, o Governo angolano reafirma a prioridade de materializar um projecto há muito sonhado, que simboliza não apenas a união física do território, mas também o fortalecimento da identidade nacional.
