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SINPROF contesta aumento salarial de apenas 10% e reúne professores em Luanda

O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) vai reunir-se este sábado, 1 de Novembro, em Luanda, para discutir a proposta do Governo que prevê um aumento salarial de apenas 10% no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2026.

A decisão do Executivo apanhou o sindicato de surpresa, uma vez que esperava um reajuste de 25%, conforme tinha sido anteriormente reivindicado. O secretário-geral do SINPROF, Edmar Jinguma, reagiu ao Novo Jornal afirmando que “o Governo violou o acordo” e que os sindicatos não foram chamados para negociar, apenas informados da decisão.

Segundo o responsável sindical, os professores esperavam que o aumento salarial fosse semelhante ao de Março deste ano, quando houve uma valorização de 25%. Jinguma considera que o argumento do Executivo, que prevê aumentos graduais até 2027, “não convence”, sublinhando que “os salários já não acompanham o custo de vida”.

O dirigente reforçou que o sindicato não aceitará o que chama de “lavagem” sob o argumento de que haverá futuras actualizações, e anunciou que a reunião deste sábado servirá para decidir os próximos passos, incluindo possíveis formas de pressão.

Nos últimos anos, o SINPROF tem sido uma das vozes mais activas na exigência de melhores condições salariais e de trabalho para os professores do ensino público. O anúncio de um aumento de apenas 10% surge num contexto de inflação alta e desvalorização do poder de compra, o que reacende o debate sobre a valorização dos profissionais da educação.

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