O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Bebidas e Similares pondera iniciar, esta sexta-feira, 31 de Outubro, uma greve em protesto contra as condições laborais e pela reivindicação de um aumento salarial de 24%.
A decisão foi discutida esta quarta-feira, numa reunião que contou apenas com a presença dos representantes sindicais, sem a entidade patronal do Grupo Castel Angola. O encontro visou delinear o plano de contingência e as estratégias para a paralisação.
De acordo com o secretário-geral do sindicato, José Rufino, a greve será realizada de forma intercalada, com três fases: duas de um dia de paralisação e uma de dois dias, totalizando quatro dias de interrupção das actividades.
“O que fizemos foi uma das etapas da greve, concentrando-nos na manutenção dos serviços essenciais e das zonas sensíveis das empresas”, afirmou o dirigente sindical.
Entre as exigências apresentadas pelos trabalhadores estão, além do aumento salarial, a transparência nas tabelas salariais actualizadas aplicáveis às categorias de gerentes, directores, chefes de departamento e demais funções, bem como informações sobre os custos operacionais e remunerações das empresas associadas ao grupo.
Segundo o Jornal O País, as negociações têm sido tensas, e os trabalhadores esperam que o diálogo avance para evitar a paralisação.
O impasse coloca em evidência o descontentamento crescente no sector das bebidas, um dos mais lucrativos e estratégicos do país.
