O kudurista angolano Tsunami foi suspenso de actuar em espectáculos públicos até à próxima semana, na sequência de uma decisão conjunta do Ministério da Cultura e da Organização da Mulher Angolana (OMA), tomada durante uma audiência realizada esta quarta-feira, 1 de Outubro.
A decisão surge após a crescente polémica em torno de algumas músicas do artista, criticadas por conterem conteúdos considerados ofensivos, sobretudo na forma como retratam a mulher. A repercussão das letras gerou debate público e levou as instituições a intervir.
Na audiência, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, destacou a relevância da música como ferramenta de transformação social, apelando a Tsunami para reflectir sobre o impacto das suas composições. “A cultura deve ser promotora de valores e respeito, especialmente em relação à figura da mulher”, afirmou a dirigente.
Perante os questionamentos, Tsunami mostrou-se receptivo ao diálogo e manifestou abertura para rever a sua abordagem artística, garantindo estar disposto a alinhar o seu trabalho com as orientações culturais e sociais defendidas no País.
De acordo com a OMA, a suspensão temporária tem carácter pedagógico, servindo como um período de reflexão e responsabilidade. O objectivo é que o artista possa reformular o seu discurso artístico em conformidade com os valores da sociedade angolana.
