A actualidade desportiva angolana está a ser dominada pelo aguardado confronto entre a selecção nacional e a poderosa Argentina, marcado para sexta-feira, 14 de Novembro, em Luanda. O jogo, inserido nas comemorações dos 50 anos da Independência de Angola, promete ser um dos eventos mais mediáticos do ano, mas também um dos mais controversos.
As críticas surgem devido ao custo estimado da deslocação da selecção argentina, que poderá rondar os 12 milhões de euros, a que se somam despesas com alojamento, segurança e logística, elevando o total para cerca de 20 milhões de euros. Várias organizações não-governamentais questionam a pertinência de aplicar valores tão elevados num jogo amigável, num contexto económico desafiante para o país.
Em entrevista à Rádio França Internacional (RFI), o presidente da Federação Angolana de Futebol, Fernando Alves Simões, afirmou que o evento é totalmente custeado por empresários angolanos, e não com fundos públicos. “Num país onde impera a democracia, todos são livres de fazer as suas críticas, mesmo sem terem o profundo conhecimento daquilo que aconteceu”, disse o dirigente, defendendo que o jogo será uma oportunidade de projecção internacional.
Para Simões, o encontro é mais do que um simples jogo de futebol: é um símbolo de orgulho nacional e visibilidade global. “Temos consciência de que todo o mundo estará com os olhos postos em Angola neste jogo. É sempre bom representar com dignidade a selecção nacional”, afirmou.
Entretanto, a venda online dos bilhetes foi suspensa devido à circulação de falsificações. As entradas estão agora disponíveis apenas na sede da Federação Angolana de Futebol e na Cidadela Desportiva.
