A tensão política voltou a marcar presença na Reunião Plenária Ordinária da Assembleia Nacional, quando o deputado da UNITA, Lourenço Lumingo, reagiu ao apelo da deputada do MPLA, Suzana de Melo, que o aconselhara a usar uma linguagem mais moderada durante os debates.
O parlamentar rejeitou qualquer limitação às suas intervenções, afirmando que "está em causa o dinheiro público, se está a gastar mal o dinheiro público nós vamos continuar a falar". Disse ainda que continuará a abordar todas as questões que considere relevantes para a fiscalização do Executivo.
Lumingo acusou o Presidente da República de ser responsável por uma gestão inadequada, reforçando que
"temos um titular do Poder Executivo que demonstra ser um péssimo gestor dos nossos recursos". Na sua leitura, o Chefe de Estado tem privilegiado "organizar grandes eventos desportivos, musicais e festas no Palácio em detrimento do bem-estar da população".
Para o deputado, tais acontecimentos não são inocentes, já que serviriam para "distrair o povo da sua péssima governação". Na intervenção que provocou maior impacto na sala, Lumingo ironizou o ambiente político ao afirmar que
"hoje em Angola, há quem defenda que o Presidente da República merece uma condecoração, não pela boa governação, mas como o maior promotor de eventos de 2025, superando nomes como Riquinho e Bento Kangamba".
