A Procuradoria-Geral da República confirmou a constituição como arguido do general na reforma Higino Lopes Carneiro, indiciado pelos crimes de peculato e burla qualificada, por actos alegadamente praticados enquanto governou o Cuando Cubango e Luanda.
Segundo a PGR, estão em curso dois processos-crime. No primeiro, Higino Carneiro é acusado de ter utilizado fundos públicos para fins particulares, durante o seu mandato como governador do Cuando Cubango. No segundo, é suspeito de burla qualificada por alegadamente ter recebido, em 2016, 60 viaturas destinadas ao governo de Luanda, mas entregues a uma empresa privada.
A PGR explica que estas viaturas seriam distribuídas por vários departamentos do governo provincial, mas o processo aponta divergências entre o destino oficial e a entrega efectivamente realizada. O caso tem origem em denúncias internas e em relatórios que chegaram às autoridades.
Com mais de 40 anos de carreira política e militar, Higino Carneiro volta a ser investigado pela justiça. Os processos seguem agora para novas diligências, podendo resultar em acusação formal ou arquivamento, dependendo das conclusões da investigação.
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