Segundo o Governo Provincial de Luanda, apenas cinco famílias recusaram o realojamento no projecto habitacional Mayé-Mayé. O restante grupo, segundo a narrativa oficial, foi “realojado com sucesso”.
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Edifício Lote 10 |
Mas os moradores contam uma versão diferente. De acordo com relatos colhidos pelo Novo Jornal, 41 famílias do edifício Lote 10 da Prenda permanecem desalojadas e continuam à espera de casa, contrariando a versão das autoridades.
“Essas cinco famílias é que se recusaram a resistir”, afirmou o governador Luís Nunes. Mas os moradores alegam que a maioria das casas oferecidas em Mayé-Mayé não têm condições de habitabilidade.
No mês passado, a administração municipal notificou os moradores para retirarem os pertences em 15 dias, alegando que o edifício será demolido. Mas até agora, muitos não têm para onde ir.
Os moradores denunciam ainda que nunca lhes foi apresentada uma solução clara de realojamento. “Não fomos notificados, apenas fomos avisados que temos de desocupar o edifício”, disse um deles.
O edifício é considerado perigoso e instável, segundo o Laboratório de Engenharia de Angola. O Governo investirá 1,2 milhões USD para erguer um novo prédio no local.
Entretanto, os antigos moradores seguem entre promessas por cumprir e malas por desfazer.