O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reagiu esta segunda-feira, 28, aos episódios de violência que marcaram a greve dos taxistas em Luanda. Supermercados saqueados, viaturas incendiadas e confrontos violentos entre a população e a Polícia Nacional marcaram a jornada, levando o político a condenar a repressão como resposta institucional.
"A polícia não pode, em nenhuma circunstância, usar balas reais contra manifestações", declarou, defendendo que “a resposta violenta não é resposta num Estado que se pretende democrático".
O político sublinhou que a manifestação é um direito constitucional que deve ser respeitado e protegido, mas que implica “responsabilidade mútua” entre os organizadores e o Estado.
“É fundamental que os protestos sejam organizados dentro dos limites da lei, mas o Governo também precisa ouvir, garantir a ordem sem matar e não responder com arrogância e repressão”, afirmou.
Criticou ainda a tentativa de descredibilizar as manifestações através de narrativas que as associam a vandalismos e sabotagens, considerando que tal retórica “não reflete os sinais evidentes do colapso económico e social que se vive no país”.
“A paz e a democracia não se constroem com silêncio forçado, muito menos com repressão. Mas sim com justiça, diálogo e respeito mútuo”, concluiu.