A UNITA iniciou esta sexta-feira o XIV Congresso Ordinário, onde será eleito o novo presidente do partido. A votação acontece no domingo, 30, e reúne 1251 delegados das 21 províncias do país para escolher entre Adalberto Costa Júnior, que concorre à própria sucessão, e Rafael Massanga Savimbi, que defende uma renovação interna.
A comissão eleitoral considerou que a campanha interna, encerrada na quarta-feira, decorreu com normalidade. Adalberto Costa Júnior apresentou um programa centrado na alternância política, reformas institucionais e fortalecimento das alianças da oposição rumo a 2027. Já Massanga Savimbi defende a atualização do discurso partidário e maior protagonismo da juventude, preservando o legado histórico da UNITA.
O politólogo Rui Kandove afirmou, em entrevista à Rádio Correio da Kianda, que o líder cessante teria criado obstáculos que prejudicariam Massanga Savimbi dentro do processo. Apontou ainda a suspensão de figuras próximas do candidato às vésperas do conclave como possível tentativa de limitar votos e influenciar delegados.
Kandove classificou como sinal de fraude política o facto de os candidatos terem de tirar fotos após o voto, alertando para um clima de pressão interna. A eleição deste domingo promete definir não apenas a liderança, mas o rumo estratégico da UNITA nos próximos anos.
