O avançado Afimico Pululu, nascido em Luanda mas com raízes congolesas, está a viver uma das melhores fases da sua carreira. Melhor marcador da Liga Conferência, o jogador do Jagielloni (Polónia) foi chamado por Angola em Março, mas não respondeu à convocatória.
Em entrevista à RFI, Pululu referiu. “Eu cresci no estilo congolês. Tenho pouco contacto com Angola. Não tenho grande apego.” Uma confissão que não caiu bem em círculos desportivos angolanos, ainda a recuperar do choque de outras recusas por parte de atletas da diáspora.
Apesar de afirmar que ainda não tomou uma decisão definitiva, Pululu disse estar a ouvir o próprio instinto.
“Se não fui em Março, foi por uma razão. Quando eu fizer a minha escolha, vou anunciá-la. Mas hoje, nada está decidido.”
O jogador menciona o seu colega Charles Pickel, agora parte da selecção da RDC, como uma inspiração. A ligação emocional com o Congo parece pesar mais do que os documentos de identidade.
Questionado sobre o CAN, o atacante respondeu com ambivalência. “Não sonho com o CAN, mas se surgir a oportunidade, é claro que irei. Jogar esse tipo de competição é um orgulho. A RDC tem jogadores nos melhores campeonatos. Estão entre os favoritos.”
Afimico Pululu junta-se assim à lista crescente de talentos entre duas bandeiras, onde o coração bate mais forte do que o brasão.
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