Como falar da chama da unidade se o país cheira a pólvora?”
Foi com estas palavras que o ex-candidato presidencial reagiu ao baleamento do músico Joel Amaral, conhecido como MC Trufafa, baleado por homens desconhecidos este domingo, 13 de abril, no bairro Cualane 2.º, em Quelimane, província da Zambézia.
Trufafa não é apenas um nome artístico. É também o rosto sonoro de uma resistência política. Compôs temas que embalaram as campanhas de Mondlane em 2023 e 2024. Agora, é mais um corpo marcado pela violência. Segundo o político, foram três disparos. Dois atingiram os membros inferiores. Um, a cabeça. Sobreviveu.
Mondlane não hesitou em classificar o ato como covarde e um sinal claro da intolerância política. Para ele, é inaceitável que a violência e a perseguição se tornem parte da realidade de qualquer moçambicano, especialmente os que promovem paz, igualdade e justiça.
Este atentado reaviva memórias sombrias. Elvino Dias, assessor jurídico de Mondlane, e Paulo Cuambe, mandatário do Podemos, foram assassinados em 18 de outubro de 2024, num ataque à viatura em que se deslocavam, no centro de Maputo.
A luta pela justiça e pela paz, segundo Mondlane, é uma responsabilidade coletiva, por isso apela à união contra a violência e à construção de um país onde seja possível viver com segurança e dignidade.