Carlos Feijó, ex-ministro de Estado, acusou o antigo aliado europeu de ingratidão. Durante o evento Doing Business Angola 2025, o académico lembrou que Angola, na época do “boom” petrolífero, socorreu Portugal na sua pior crise económica desde a entrada no euro.
Feijó revelou que, sob orientação de José Eduardo dos Santos, reuniu-se com figuras do governo português para estruturar o apoio angolano. O objectivo era ajudar Portugal a respirar quando o FMI já lhe batia à porta. Em troca, segundo ele, Angola recebeu pouco mais que desdém e má memória.
Para o ex-governante, os investimentos feitos por Angola em Portugal tinham um duplo propósito estratégico: proteger divisas fortes e garantir lugar em sectores cruciais da economia lusa. Mas com o tempo, diz, tudo mudou, e para pior.
“Fomos ingratamente maltratados”, afirmou, sem rodeios.Feijó também propôs que quem quiser ajudar Angola, ajude de verdade: criando instituições globais voltadas à educação nos países em desenvolvimento, pois para salvar economias, é essencial investir-se em quem vai geri-las.
Tags
Atualidade