O general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, mais conhecido como "Kopelipa", enfrentou o tribunal esta Segunda-feira e refutou as acusações de que se apropriou de edifícios pagos pelo Estado, usando repetidamente a palavra “inverídico” como escudo contra o Ministério Público.
Segundo a acusação, o projecto Zango Zero foi repartido em 2010, passando parte da sua execução para entidades privadas. Kopelipa nega e insiste que só 22 edifícios eram públicos, o resto era obra da CIF Angola, empresa chinesa que contou com o apoio institucional, mas sem contratos formais de empreitada.
O general, figura central do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional, fez questão de responder de pé e atribuiu as imputações a uma “confusão de factos”. Garantiu que nunca houve empréstimo de 150 milhões USD à China Sonangol e que os terrenos atribuídos à CIF visavam apenas facilitar investimentos, não enriquecer bolsos.
"Não dividi nenhum projecto", afirmou o ex-homem forte do regime de JES. A novela continua esta Terça-feira, com Kopelipa no centro da atenção.