O Ministério Público (MP) solicitou ao Tribunal Supremo a absolvição de todos os arguidos do “caso Kopelipa” relativamente aos crimes de associação criminosa, abuso de poder e peculato, mas pediu a condenação de Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” pelo crime de tráfico de influência.
De acordo com o MP, o general, antigo homem de confiança de José Eduardo dos Santos, e as empresas CIF, Plansmart International Limited e Utter Right International Limited, terão falsificado documentos para se apropriar de imóveis e outros bens do Estado, alegadamente com o apoio de fundos públicos.O MP sustenta que os arguidos criaram mecanismos para transferir património do Estado para empresas privadas, utilizando o dinheiro público e documentação falsa. Apesar disso, reconhece que não foram apresentadas provas suficientes para sustentar a acusação de associação criminosa ou peculato.
As empresas estrangeiras envolvidas, segundo o MP, não conseguiram provar a origem dos seus investimentos em Angola nem justificar os montantes usados na aquisição de vários imóveis localizados na Urbanização Vida Pacífica, em Luanda.
O Ministério Público considera que houve crime de tráfico de influência e branqueamento de capitais, e por isso pede que Kopelipa e as empresas associadas sejam condenados por esses delitos. O mesmo pedido se aplica aos também arguidos Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, Fernando Gomes dos Santos e Yu Haijing, representantes das empresas chinesas.
O caso envolve ainda acusações relacionadas à transferência irregular de património público e ao financiamento de projetos habitacionais pela Sonangol, durante o período em que Kopelipa desempenhava funções no Governo.
Fonte: Novo Jornal