A tecnologia, desenvolvida pela empresa de Tim Dodwell, assinala quando os algoritmos não têm certeza sobre uma resposta, ao contrário dos sistemas tradicionais que podem gerar informações incorretas, as chamadas alucinações.
“À medida que adotamos a IA em áreas transformadoras, a incerteza torna-se um fator crucial. Há vidas humanas em jogo e alguém tem de assumir responsabilidade pelo que os algoritmos fazem”, explicou Dodwell.
Nos testes em iates de alta performance, a IA ajuda a planear rotas mais rápidas e seguras. Joss Creswell, co-skipper da equipa Next Step Racing, descreve o desafio: analisar dados sobre vento, estado do mar, desempenho da embarcação e posição de adversários é complexo. A IA consegue quantificar e traduzir esses dados em informações que a equipa pode usar em tempo real.
“Tal como na Fórmula 1, as corridas offshore dependem de margens mínimas, e a capacidade de extrair vantagem através de ajustes precisos pode ser decisiva”, afirma Creswell.
Ainda em fase experimental, a tecnologia abre caminho para uma revolução na forma como decisões são tomadas em ambientes complexos e de alto risco, podendo ser aplicada em áreas críticas além da navegação, incluindo energia e cuidados de saúde. O foco central é reduzir incertezas e aumentar a confiança dos operadores humanos nas ações da IA.
