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MPLA lamenta queda do PS em Portugal e fala em retrocesso democrático

No rescaldo das legislativas portuguesas, a vitória da direita gerou ecos até em Angola. 

O secretário para a Reforma do Estado, Administração Pública e Autarquias do MPLA, partido no poder, reagiu com pesar à derrota do Partido Socialista (PS), considerando os resultados "um retrocesso para a democracia portuguesa".

O comentário foi feito durante a abertura do congresso do PRA-JA Servir Angola, precisamente no ano em que se assinalam os 50 anos de democracia em Portugal. 

"A direita é que ganhou, em detrimento de outras forças democráticas", lamentou Mário Pinto de Andrade, sublinhando que o povo é soberano e que cabe a ele decidir, embora a decisão tenha sido, nas suas palavras, "pena".

Do lado da oposição angolana, o tom foi mais analítico do que emocional. O vice-presidente da UNITA, Simão Dembo, reconheceu que as eleições em Portugal foram acompanhadas de perto. Observou o "crescimento exponencial do Chega" e o "praticamente, sucumbir do PS". Apesar da crítica implícita, destacou que os portugueses escolheram o que consideram melhor para si, e desejou-lhes o melhor no novo caminho.

Entre elogios velados, lamentos explícitos e um certo desconforto diplomático, o resultado das eleições em Portugal deixou claro que, mesmo além-mar, as urnas portuguesas fazem cócegas nos nervos políticos de Luanda.

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