Os visitantes das emblemáticas Quedas de Kalandula, uma das maiores atracções naturais de Angola, passam a pagar uma tarifa de 800 kwanzas, independentemente da nacionalidade. A medida foi anunciada por Carlos de Sousa, responsável do Pólo de Desenvolvimento Turístico de Kalandula.
“Somos gestores de um dos maiores activos do país, por isso, para terem acesso às Quedas de Kalandula, os turistas nacionais e estrangeiros vão ter de pagar 800 kwanzas”, afirmou o responsável durante uma conferência com jornalistas.
A taxa de entrada permitirá arrecadar receitas adicionais para os cofres públicos, sobretudo aos fins-de-semana e feriados, quando o local regista até mil visitantes diários. O valor poderá ainda ser investido na manutenção e valorização da infra-estrutura turística da região.
Carlos de Sousa aproveitou a ocasião para convidar o sector privado a apostar no desenvolvimento do Pólo de Kalandula, que ocupa uma área de 1.977,49 hectares. A meta é clara: transformar a paisagem natural em potencial económico, dinamizando o turismo na província de Malanje.
As Quedas de Kalandula, conhecidas no passado como Quedas do Duque de Bragança, são consideradas as segundas maiores de África, apenas atrás das cataratas de Victoria, situadas entre a Zâmbia e o Zimbabué. Com 105 metros de altura e 400 metros de largura, são um dos destinos mais procurados do país, localizadas a cerca de 80 km da capital provincial.
A introdução da cobrança é, ao mesmo tempo, um sinal de valorização do património natural e um lembrete de que, em tempos modernos, até o som das quedas pode ter preço.