Oku Saka

Mulher é morta por tiro da polícia durante protestos em Luanda: "perante o olhar do próprio filho"

Uma mulher morreu esta quarta-feira, 30 de Julho, no bairro Caop, em Luanda, depois de ser atingida por um tiro à queima-roupa disparado por agentes da polícia, no meio dos protestos contra o aumento do preço do gasóleo e dos transportes. 



A vítima, que se fazia acompanhar do seu filho menor de idade, perdeu a vida enquanto tentava fugir da confusão gerada pelos confrontos entre populares e a polícia.
Num vídeo amplamente partilhado nas redes sociais, é possível ver o momento em que agentes da polícia, a bordo de uma viatura, disparam várias vezes em direcção a um grupo de pessoas que se deslocava para a manifestação. A mulher, que não integrava o protesto, correu por medo e acabou por se misturar com os manifestantes, sendo atingida mortalmente. Morreu no local, sem assistência médica, perante o olhar do próprio filho.

Além dela, outras duas pessoas, ambos homens, também morreram vítimas dos tiroteios durante os protestos que ocorrem há três dias (28, 29 e 30 de Julho). Estes actos integram uma vaga de manifestações contra a subida do preço do gasóleo, que tem provocado a paralisação dos taxistas e um clima de tensão social em várias zonas da capital.

O caso está a comover a sociedade e levanta questões graves sobre o uso da força por parte das autoridades. Até ao momento, não há confirmação oficial sobre investigações ou responsabilizações.

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