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CEAST pede reconhecimento igual a Neto, Holden e Savimbi nas celebrações da independência

A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) defendeu igualdade de dignidade para os três principais protagonistas do processo que conduziu à independência nacional: António Agostinho Neto, Álvaro Holden Roberto e Jonas Malheiro Savimbi.

Numa declaração recente, os bispos afirmaram que não constitui novidade reconhecer que estas figuras prepararam as bases para a independência de Angola, ainda que cada uma delas tenha cometido erros e virtudes ao longo da sua trajetória política.

O porta-voz da CEAST, Dom Belmiro Chissengueti, Bispo de Cabinda, destacou que as condecorações atribuídas até aqui não representam um ponto final, pois “não se pode fazer uma avaliação definitiva enquanto não se marcar a última condecoração”.

A CEAST espera que o bom senso prevaleça até às celebrações oficiais da independência, mas alertou também para os desafios do presente. Para os bispos, a corrupção é “a principal gangrena” que atormenta Angola nos últimos 50 anos, após o fim da guerra. O clero pediu ainda ao Executivo que priorize o combate à fome e à pobreza, apontando estas questões como fundamentais para o desenvolvimento.

Dom Belmiro aproveitou a ocasião para abordar o setor da comunicação social, destacando as dificuldades salariais que enfrentam jornalistas, incluindo os da Rádio Eclésia. Sublinhou que quem encontrar melhores oportunidades “não será aprisionado” e defendeu que os meios de comunicação deveriam sustentar-se através da publicidade, embora reconheça as dificuldades económicas das empresas, dando como exemplo a Emissora Católica de Cabinda.

Fonte: Correio Kianda

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