Oku Saka

Erro sobre data da morte de Savimbi volta a gerar polémica nos manuais escolares

Após o arranque do ano lectivo, a 1 de Setembro, um vídeo viralizou no Facebook, acusando a ministra da Educação, Luísa Grilo, de ter evitado responder a questões sobre erros nos manuais escolares. O episódio reacendeu as críticas à qualidade do material didáctico distribuído nas escolas primárias e secundárias.

Entre os lapsos destacados, um em particular tem gerado maior indignação: a alegação de que Jonas Savimbi, fundador da UNITA e figura central da história política angolana, teria morrido em 2004. A data correcta é 22 de Fevereiro de 2002, no Leste de Angola.

No entanto, ao contrário do que sugerem as publicações mais recentes, este erro não se encontra nos manuais actualmente em uso. O Polígrafo África confirmou, em mercados onde os livros são comercializados, que a edição de História da 6.ª classe impressa em 2024 já corrige a data.

O problema remonta a manuais distribuídos em 2018, que apresentavam várias incorrecções. À época, a situação gerou polémica pública e o Ministério da Educação comprometeu-se a proceder às devidas correcções, garantindo que em 2019 os manuais estariam actualizados.

Apesar dessa promessa, na prática, os alunos continuaram a ter contacto com versões erradas até 2021, ano em que os manuais passaram a ser impressos em Angola com um orçamento de 21 mil milhões de kwanzas. Mesmo em 2022, com o aumento para 36 mil milhões, persistiam exemplares com erros em circulação.

O ressurgimento do tema nas redes sociais expõe uma fragilidade persistente na gestão do material escolar, que, mesmo após revisões e investimentos elevados, continua a enfrentar críticas sobre a qualidade e a fiabilidade.

Fonte: Polígrafo África

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