Após o arranque do ano lectivo, a 1 de Setembro, um vídeo viralizou no Facebook, acusando a ministra da Educação, Luísa Grilo, de ter evitado responder a questões sobre erros nos manuais escolares. O episódio reacendeu as críticas à qualidade do material didáctico distribuído nas escolas primárias e secundárias.
No entanto, ao contrário do que sugerem as publicações mais recentes, este erro não se encontra nos manuais actualmente em uso. O Polígrafo África confirmou, em mercados onde os livros são comercializados, que a edição de História da 6.ª classe impressa em 2024 já corrige a data.
O problema remonta a manuais distribuídos em 2018, que apresentavam várias incorrecções. À época, a situação gerou polémica pública e o Ministério da Educação comprometeu-se a proceder às devidas correcções, garantindo que em 2019 os manuais estariam actualizados.
Apesar dessa promessa, na prática, os alunos continuaram a ter contacto com versões erradas até 2021, ano em que os manuais passaram a ser impressos em Angola com um orçamento de 21 mil milhões de kwanzas. Mesmo em 2022, com o aumento para 36 mil milhões, persistiam exemplares com erros em circulação.
O ressurgimento do tema nas redes sociais expõe uma fragilidade persistente na gestão do material escolar, que, mesmo após revisões e investimentos elevados, continua a enfrentar críticas sobre a qualidade e a fiabilidade.
Fonte: Polígrafo África